"Mamãe! Mamãe!" - A criança corre até o quarto grande, onde uma mulher de longos cabelos verdes repara no seu choro. A criança se abraça à mãe, se desfazendo em lágrimas "Os meninos falaram que mamãe é a culpada pela guerra, me chamaram de aberração, não tou aguentando" - ela afaga o cabelo do menino e sorri.
"Não deixe que isso o afete, Seymour" - sua voz doce tinha o encanto necessário para acalmar o menino que se deitava no seu colo enquanto ela o mimava "você não é uma aberração, você é um milagre"
"Mas eles disseram qu-que você é uma Cetra e papai é humano" - o menino soluça, limpando o choro.
"Nem todos irão aceitar nossa união, mas aos poucos estamos mudando as mentalidades e você é a prova viva de que somos todos habitantes do mesmo mundo e as diferenças que nos separam não são assim tão abismais" - ela levanta o rosto do menino, que vê o sorriso da mãe "você simboliza a esperança de um mundo unido, sem guerras ou preconceitos, nunca se esqueça disso, meu querido Seymour"
"Mamãe... eu construirei um novo mundo... um mundo onde mamãe e papai nunca mais tenham de sofrer"
A ilha de Pegasus recebia a visita de Emeraude, acompanhada pelo garoto de cabelos prateados, Axel, que os conduzia até ao grande castelo no cimo da montanha mais alta.
— Lady Emeraude, finalmente a conheço - Pegasus diz, fazendo um brinde à imperatriz cetra — pode ir, Axel, mostre a ilha para o senhor que acompanha a imperatriz.
— Men! Estamos gratos por nos ter salvo daquele lugar, mas não deixarei lady Emeraude sozinha consigo - disse Wanderlei, fazendo Pegasus dar os ombros.
— Entendo... - Pegasus dá um gole no vinho — pode ir, Axel, continue o que tem para fazer - ele diz, com o garoto de cabelos prateados saindo e fechando a porta. Emeraude dá um passo em frente, segurado o diário de Seymour.
— Foi você que ajudou meu filho? - Ela perguntou, com o empresário assentindo.
— Por favor, sentem-se. Temos muito que conversar - ele convida, mas a imperatriz rejeita.
— Só quero saber o que aconteceu. Onde está meu filho? Onde está Seymour? - Ela pergunta, num tom algo desesperado, o que preocupa Wanderlei.
— Seymour levou sua promessa até ao fim - Pegasus disse — ele queria criar um novo mundo, livre de sofrimento e despertou a criatura que o poderia levar a isso, no entanto... - ele abaixa a cabeça — ele foi impedido e assassinado por aqueles que o acolheram no começo de sua vida neste novo mundo - as palavras do homem trespassam o coração da mulher que cai sobre os joelhos, não conseguindo reagir à noticia.
— Lady Emeraude! - Wanderlei tenta a consolar, mas esta não demonstrava qualquer reação.
— Q-quem fez isso? Me dê um nome... - ela pede, com um ar quase louco e Pegasus esboça um sorriso.
— Não foi apenas um, foram vários - ele responde — os esforços de Seymour o levaram a invocar o lendário deus da destruição, Yveltal. Com o seu poder, ele poderia remover o sofrimento do mundo, mas ninguém compreendeu os seus motivos e travaram uma guerra contra ele. Yveltal não o reconheceu como digno e tirou sua vida.
— Yveltal... - Emeraude se recorda — esse é o mesmo ser que...
— Então você também se recorda - Pegasus volta a sorrir — é a mesma criatura que os humanos invocaram para destruir os Cetra, 3000 anos atrás.
— Lady Emeraude, o que está falando? - Wanderlei perguntou, mas sem obter resposta por parte de sua senhora.
— Seymour... ele não queria guerras - ela chora, finalmente mostrando alguma emoção — meu filho queria um mundo melhor, um mundo sem preconceitos, onde diferenças fossem celebradas e não criticadas... ohh Seymour - a mulher se deixa cair no chão, chorando enquanto Pegasus continua bebendo seu vinho.
Enquanto isso, fora do castelo, Axel desce a escadaria quando encontra Asbel e seu grupo, que subiam.
— Axel?! Quem era aquela mulher que você trouxe até aqui? - Asbel pergunta.
— Vocês não têm mais nada para fazer? - Desviando da pergunta, Axel os recebe com alguma frieza.
— Nós vimos seu barco lá na doca e Ruca nos contou que chegou com uma mulher alta e um carinha estranho - Sophie falou, mas ele dá os ombros.
— Você quase nunca vem aqui, o que quer dizer que aquela mulher deve ser bem especial - Ruca supôs e Axel se mostra algo irritado.
— Metam-se nas vossas vidas - ele diz, descendo pelo meio do trio.
— Por que está falando desse jeito? - Perguntou, Sophie — a gente somos irmãos, ou não?
— Por termos vindo todos do mesmo orfanato, não faz de nós ligados por sangue - Axel continua, entristecendo a garota.
— Não dê bola pra ele, Sophie - disse Asbel — esse é um mal encarado mesmo.
— Tenho coisas para fazer - Axel volta a descer — sugiro que façam o que têm para fazer, também.
— Para que saiba, já tenho sete insígnias, fica apenas me faltando uma para competir na liga - Asbel grita e Axel levanta o braço.
— Então voltou para perder de novo contra os dragões do pai? Patético! - Provocou, continuando a descer até sair do campo de visão do trio que fica irritado.
Pelo oceano a fora, o Fiertia continua sua viagem até Nordopólica. Agora Lillie não precisava mais se esconder, ela e Nebby podiam andar à vontade pelo navio, com a garota sentindo a brisa do mar e o vendo fazendo seus cabelos esvoaçarem.
"Pew" - Nebby brinca com Sora e Sininho, Lillie repara como ele está feliz. Kairi acorda e sobe ao convés, ainda meio zonza e com uma caneca na mão.
— Heey, Hook! Uma ajudinha aqui - Kairi levanta a caneca para cima, com a tartaruga reparando.
— Blaaas - Ao leme, este aponta um dos seus canhões para baixo e deixa verter água quente, que Kairi mistura com o café na caneca.
— Você é o melhor, Hook! - Feliz, Kairi bebe o café, deixando Lillie algo surpeendida.
— I-Isso é higiénico? - A loira pergunta.
— Aye! - Patty surge junto de Lillie, comendo seus espetos de peixe — Hook faz os cafés mais delicisosos, quer experimentar? - Ela diz, oferecendo sua caneca, que a outra rejeita.
— Er... n-não, deixe estar.
Já se haviam passado três dias, desde que elas se fizeram ao mar, escapando do continente selvagem de Hypionia e com o continente de Desier cada vez mais próximo, Kairi já prepara a proxima disputa de ginásio, mas Lillie não conseguia esquecer Emeraude e o que ela fez com a floresta, ficando com calafrios cada vez que pensa no poder daquela Machina e, por mais que as outras duas continuem como se estivesse tudo bem, Lillie não conseguia deixar fugir o pressentimento que algo não estava bem.
— Praaaah Terra-a-vista! - Smee esvoaça no mastro, alertando a tripulação que avistam uma enorme construção.
— Wooow! Parece um estádio enorme! - Kairi comentou, se surpreendendo com aquelas dimensões.
— É o coliseu - Patty informa — significa que chegamos a Nordopólica.
— Desculpe, Nebby, mas terá de voltar para a mala.
"Pew!" - O pequeno Pokémon fica triste.
— Um momento - Patty desce à sua cabine e volta com a caixa que supostamente continha o cristal Ciel, que ela e Kairi haviam encontrado no navio abandonado — não esqueça disto - ela entrega para Kairi.
— Uh? - A garota recebe, mostrando alguma confusão — você não vem?
— Aye! Eu preciso descobrir o meu passado, por isso tenho que continuar viajando no mar - ela disse, deixando Kairi algo triste.
— Achei que viesse conosco - Lillie comentou.
— Não fiquem assim, isso não é uma despedida - Patty tenta as alegrar — enquanto continuarmos viajando, nossos caminhos sempre se irão cruzar. Essa é uma jornada que preciso fazer sozinha, espero que entendam.
— Posso ficar com o Hook? - Kairi pergunta.
— Não! - Patty responde.
— Pelo menos tentei...
— Você ficou pensando naquilo que Emeraude disse, não ficou? - Lillie questionou e a piratinha assente — durante esses dias achei que vocês tinham esquecido.
— Aye! Viajar em grupo é muito divertido, mas... Eu preciso saber quem sou e por isso tenho de seguir o leme do meu coração e encontrar o tesouro que procuro - Patty disse enquanto o navio atracava na doca de Nordopolica.
Kairi e Lillie deixam o Fiertia e se despedem da pirata e dos seus Pokémon.
— Boa viagem, Patty - Lillie acena.
— Não esquece do meu café, Hook! Ah... e Patty, boa sorte! - Kairi se despede e vê o Fiertia se afastando e desaparecendo no horizonte — ahh...vida de pirata.
— Evoi!
— E agora vamos onde? - Lillie pergunta e Kairi puxa da sua Porydex.
— Pory, faça sua magia.
— Bzzzt! Estamos em Nordopólica, a grande cidade do continente de Desier, conhecida pelo grande coliseu onde outrora a nobreza punia os criminosos, os colocando lá, para combater uns contra os outros numa competição até à morte. Hoje realizam-se competições menos sangrentas, como o campeonato de Blitzball e a liga Pokémon.
— Ahh então é ali que vai ser a liga? - Kairi volta a se deslumbrar pela construção, se entusiasmando.
— Hm... Kairi, sobre aquela caixa - Lillie questiona.
— Ah, eu e Patty a encontramos num navio abandonado, precisamos a levar para uma cidade... er... qual era mesmo o nome?
— V-você esqueceu?! - Por coincidencia, uma criança barulhenta passava ali perto.
— Ehehehehe! Eu vou ser o campeão de bolos de lama - ele diz, jogando um pedaço de lama nos turistas que passavam enquanto sua mãe corria atrás dele.
— Volte aqui, vai ficar de castigo e vou te mandar para Yormgen! - A ameaça da mãe acendeu a ficha de Kairi que se lembra do nome da cidade.
— A senhora disse Yormgen? Sabe onde fica? - Ela pergunta, mas a mulher a olha com alguma estranheza.
— Hm... querida, isso é só uma história de uma cidade fantasma, os pais contam aos filhos para os obrigar a se comportar...
— Ahhh então não existe Yormgen? - A criança escutou e volta a pegar num monte de lama, atirando-o a Kairi e Lillie — hahahaha sou o campeão!
— Volte aqui, sua peste! - A mulher continua correndo atrás dele, deixando para trás Kairi e Lillie, todas sujas.
— Er... odeio crianças - resmungou, Kairi.
— Essa cidade que a senhora falou, é para lá que tem de ir? - Lillie questiona, limpando o vestido. Kairi assente.
— Sim, tenho de encontrar uma pessoa que vive em Yormgen, Yasmin... - ela diz, puxando a pokébola de Whisper, a Misdreavus a quem fez tal promessa.
— Vee? - Sora capta o som de algo de aproximando e ao olhar para o mercado, que se alargava pela cidade, vê um conhecido.
— Piipipluuuup! - Era um pequeno pinguim que descia pelo mercado, surfando numa folha de bananeira.
— Evo-evo! - Sora o reconheceu como Tidus, o pinguim com quem travara amizade em Torim, quando ele e Kairi chegaram no continente de Tolbyccia com Edna e Kyle. Sora corre para junto deste, que também o reconhece logo de caras.
— Pip?! Piplup! - Não vendo por onde ia, o pequeno se desconcentra com a raposa e embate contra uma barraca de frutas.
— Evee... - Sora trava e revira os olhos enquanto vê seu amigo caindo para trás.
— Luuup...
— Ohh coitadinho daquele Piplup - Lillie corre para o socorrer e Kairi lembra-se dele.
— Ah... espera só - ela puxa da cápsula de Sora e liberta a bola de blitzball com que o seu Pokémon brincou com Tidus naquele dia. Kairi se aproxima dos dois, que esperavam o pinguim recuperar a consciencia.
— Piip... - ele abre os olhos, vendo Sora.
— Evo! - A raposa fica feliz, abanando sua cauda.
— Piip! - O pinguim o abraça e este retribui. Kairi se agacha junto dele.
— Da outra vez você esqueceu isso - ela diz, entregando a bola ao pinguim.
— Luuuup! - Vendo sua bola de novo, o pinguim chora de felicidade, se agarrando a ela com toda a força.
— Bem, parece que ela é importante para si, que bom que Sora a guardou.
— Pip? - O pinguim percebe o que Kairi diz e olha para a raposa.
— Vei - Sora assente e Tidus agradece, o abraçando de novo. No entanto...
— Aiii Tidus, o que está fazendo? - A treinadora que cuidava dele, Dana, ao vê-lo com Sora, desce preocupadissima, pegando-o ao colo — você vai se encher de pulgas... oh? Mas você é - Ela repara em Kairi, reconhecendo-a.
— Ela de novo... Sora não tem pulgas, tá? Ele só queria entregar a bola ao seu Piplup - Kairi explicou, mas Dana não quer saber.
— Tidus não é meu, apenas cuido dele, como uma babá - ela explica — e ele não precisa dessa bola, tem outras, já que é filho de Jecht, o famoso Empoleon jogador de Blitzball - ela guincha, como uma fangirl irritante.
— Piip! - O pinguim tenta agarrar a bola, mas sem sucesso, ela o leva para cima.
— Evo... - Sora se entristece, por ver seu amigo sendo levado novamente.
— Não gostei nada dela - resmungou, Lillie — aquele Piplup parecia tão feliz por ter encontrado sua bolinha...
— É... - Kairi puxa da Porydex — bem, mas vamos ver onde está o ginásio - ela pesquisa pelo mapa, mas alguém a escuta.
— Desculpem, ouvi que estão procurando pelo ginásio? - Um jovem de cabelos brancos surge com sacolas na mão, cheias de verduras e embalagens de comida.
— Hey, sim, sabe onde fica? - Kairi perguntou e o garoto, surpreso, aponta para o coliseu — quer dizer que o ginásio é no mesmo lugar da liga? Wooow!
— Infelizmente não irei poder aceitar seu desafio, agora, pois está quase a começar um jogo de Blitzball - ele informa.
— Espere, quer dizer que você é o líder do ginásio? - Kairi questiona.
— Yep! - Ele assente — meu nome é...
"Ahhhhhhhhhhhhhhhhh é o Nami!!!!!!!!!!!!!!!" - Naquele momento, um grupo de garotas histéricas correm para o garoto.
— Ai não... - ao ver a multidão, este fica nervoso — agora preciso correr, venha comigo - ele pega no braço de Kairi e seguidos por Lillie, sobem para o coliseu, escapando do gritos.
Separando-se de Patty, Kairi e Lillie chegam ao novo continente e se deparam logo com o primeiro desafio para a treinadora. Que mais aventuras as esperam em Desier?
Continua...
Awnt, a relação de Kairi e Hook é tão perfeita 💜 Eles são os melhores amigos para sempre, tomando bons drinks alcoólicos e café com vodka, amo isso
ReplyDeletePatty </3 vida de pirata... roupas de pirata... Lillie vestida de pirata com kairi... Enfim
Adoro esse cap, Seymour criança é uma aberração de aparência e vc me fez rir na aula só de olhar pra foto da cara dele KKK
Coitado do menino, pena que era uma ridícula, Lohane Vekanandre Stephany Smith buenos de hahaha de raio laser bala de icekiss nunca faria isso, mas já ele... Emeraude defendendo o filho mesmo com tudo que fez, amor de mãe é grande, porém seja sensata, querida
Dana VS Sora, os dois escolhendo uma arma no Coliseu, quero mto isso
Nami é mto gay, amei, só espero que ele não se sinta atraído pelo Sora, ele é todo da sylvie
Tidus 4EVER!!!
Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
ReplyDeletee vamos para mais um capitulo, menina Axel é irmão dos Asbel e dos outros XOCADA, não imaginei que ele fosse irmão deles mds, quer dizer em teoria eles vieram do mesmo orfanato e talvez não sejam irmãos de sangue, mas nossa nunca tinha feito essa ligação na minha cabeça kkkkkk.
Fiquei com pena da imperatriz cetra descobrindo que seymour morreu, parece que mesmo morto esse homem continua sendo uma engrenagem pra historia, e o povo realmente tinha um problema em relação aos cetras tadinhos, se bem que a machina deles não era lá tão favorável quando se tratava da natureza ao redor, e achei bonito o modo como a mãe pensava no filho e vê-la sofrendo por ele foi algo realmente meio tenso.
Lillie ficou um pouco sentida com os eventos anteriores, acho que ela não esta acostumada com isso e adorei a cena de Hook preparando café com Kairi, inicialmente achei incrível, mas depois que lillie chamou atenção para a higiene fiquei me perguntando se realmente era tão incrível.
And AI, Patty se despediu de nós <3
E ainda tivemos a volta do Piplup, tão perfeitinho o modo como ele surfa com a folha kkkkk, ri muito dele coitado e essa treinadora/babá dele me parece um pouco suspeita por algum motivo e para terminar encontramos o lider de ginásio, ansioso pra saber o tipo e mais sobre ele, ótimo cap querida